A Igreja Presbiteriana da Graça, adota como única regra de fé e prática as Escrituras Sagradas do Velho e Novo Testamento e como sistema expositivo de doutrina e prática a sua Confissão de Fé Westminster , o Catecismo Maior e o Breve Catecismo (1643-1649) e, tem por fim prestar culto a Deus, em espírito e verdade, pregar o Evangelho, batizar os conversos, seus filhos e menores sob sua guarda e ensinar os fiéis a guardar a doutrina e prática das Escrituras, na sua pureza e integridade, bem como promover a aplicação dos princípios de fraternidade cristã e o crescimento de seus membros na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para tanto, não negociamos os seguintes valores:

  • A Bíblia: Cremos e declaramos que a Bíblia é a Palavra de Deus, inspirada, viva, inerrante, e infalível! Que é a única regra de fé e prática para o verdadeiro crente. Como Palavra inspirada de Deus, cremos que toda a Escritura é “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2ª Timóteo 3:16-17). E, segundo o apóstolo Paulo, tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Romanos 15:4). Assim sendo, declaramos que a Bíblia é um livro para ser buscado e examinado (João 5:39); crido (João 2:22); lido (1ª Timóteo 4:13); recebido (1ª Tessalonicenses 2:13); confirmado e aceito (Atos 17:11). Cujo objetivo é, dentre outros, avisar os crentes (1ª Coríntios 10:11), manifestar o cuidado de Deus (1ª Coríntios 9:9-10), ensinar e instruir (Romanos 15:4), aperfeiçoar o cristão para toda boa obra (2ª Timóteo 3:16-17), fazer o homem sábio para a salvação (2ª Timóteo 3:15), produzir fé na divindade de Cristo (João 20:31) e, produzir vida eterna (João 5:24).
  • Nossa profissão de fé:
    • Cremos em um Deus, Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
    • Cremos no Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne do Espírito Santo e da Virgem Maria, e tornou-se homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos, padeceu, e foi sepultado; e ressuscitou ao terceiro dia conforme as Escrituras; e subiu aos céus, assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim.
    • Cremos no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho, conjuntamente, é adorado e glorificado, que falou através dos profetas.
    • Cremos na Igreja una, santa, universal e apostólica e, confessamos um só batismo para remissão dos pecados e esperamos a ressurreição dos mortos e, cremos na vida eterna do mundo vindouro.
  • Teologia Reformada: Como herdeiros da Reforma Protestante do século XVI, somos uma Igreja confessional, como tal, adotamos a Confissão de Fé e os Catecismos Maior e Breve de Westminster (1643-1649) como sistema expositivo de doutrina e prática. Em uma só frase, podemos definir o sistema de doutrinas presbiterianas como: “o corpo de verdades que tem a soberania de Deus como doutrina fundamental”. A doutrina da soberania de Deus é a ideia fundamental do sistema presbiteriano. Soberania de Deus significa o controle absoluto de tudo quanto existe, exercido por Deus. O Espírito de Deus, onipotente, onipresente, onisciente, eterno e supremo, governa todas as coisas visíveis e invisíveis, e as governa para fins sábios, santos e justos; fins estes conhecidos cabalmente por Deus apenas. A doutrina (Teologia) é fundamental no presbiterianismo, trata-se da exposição do que devemos crer acerca de Deus e Sua relação com o ser humano.
  • Governo democrático representativo: Adotamos o governo democrático representativo, exercido por um Conselho de presbíteros ou anciãos (por isso o nome “presbiteriano”), eleitos pela Assembleia Geral dos membros comungantes da Igreja. Distinguimos dois tipos de presbíteros: os docentes e os regentes, respectivamente, pastores ordenados e não pastores. Todas as decisões doutrinárias, administrativas e disciplinares são tomadas pelo Conselho local, pelo voto da maioria dos seus integrantes. Como participantes de uma federação de Igrejas, fazemos parte de um Presbitério, que coordena e governa as atividades das Igrejas dentro de uma determinada área geográfica. Além do Conselho e Presbitério, o sistema de governo da Igreja Presbiteriana, conta ainda, com mais dois concílios, a saber: o Sínodo e o Supremo Concílio.
  • Disciplina eclesiástica: Como Igreja reformada, consideramos a proclamação fiel da Palavra, a administração correta dos sacramentos (batismo e santa ceia) e o exercício responsável da disciplina eclesiástica, como marcas indispensáveis da Igreja verdadeira. Sendo que Cristo deseja Sua Igreja “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5.27), a disciplina eclesiástica é altamente relevante, pois é um meio instituído por Deus para manter a Sua Igreja pura. Entendemos por disciplina eclesiástica “o ato da Igreja de confrontar o pecado de alguém e de chamá-lo ao arrependimento, de modo que, se a pessoa não se arrepender, isso culminará no seu afastamento ou exclusão da participação da Ceia do Senhor ou da membresia da Igreja”. No exercício da disciplina, reconhecemos o foro íntimo da consciência, que escapa à jurisdição da Igreja, e da qual só Deus é Juiz; mas, entendemos que o foro externo está sujeito à vigilância e observação da Igreja. Entendemos, também, que a disciplina eclesiástica é o exercício da jurisdição espiritual da Igreja sobre seus membros, por isso, toda disciplina deve ser aplicada de acordo com a Palavra de Deus e, basicamente, os seus objetivos são os de edificar o povo de Deus, corrigir escândalos, erros ou faltas, promover a honra de Deus, a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo e o próprio bem dos faltosos.

O que é uma Igreja Saudável? Editora Fiel, de Mark Dever, p. 101
Código de Disciplina da IPB – Artigos 1º e 2º.

Texto original do site https://www.ipcuiaba.org.br/em-que-cremos/